quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O PAI NUNCA DESISTE


O pai nunca desiste:


Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados.
Tinha ele um único filho que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem de compromissos. O que ele mais gostava era de festas, estar com seus amigos e de ser bajulado por eles.
Seu pai sempre o advertia que seus amigos só ficariam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam.
Os insistentes conselhos do pai entravam por um ouvido, saía pelo outro.
Um dia o velho pai, já avançado em idade, disse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro, e dentro do celeiro ele mesmo fez uma forca, e junto a ela, uma placa com os dizeres:
"Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai".
Mais tarde chamou o filho, levou-o até o celeiro e disse:
- Meu filho, eu já estou velho e quando eu partir você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e gastará todo o dinheiro com seus amigos, irá vender os animais e os bens para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos se afastarão. E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me ouvido. É por isso que construí esta forca; sim, ela é para você, e quero que me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela.
O jovem riu, achou absurdo mas, para não contrariar o pai, prometeu, pois pensou que jamais aquilo pudesse ocorrer.
O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.
Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida, e viu que havia sido um tolo. Lembrou-se do pai, começou a chorar e pensou:
"Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos!.. Agora é tarde, é tarde demais".
Pesaroso, o jovem levantou os olhos, e longe avistou o pequeno celeiro, era a única coisa que lhe restava.     
A passos lentos dirigiu-se até lá, e entrando viu a forca e a placa empoeirada.
"Não segui os conselhos do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo menos desta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais nada".
Subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço.
"Ah! Se eu tivesse uma nova chance!"...
Ele pulou, e por instantes sentiu a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e se quebrou facilmente. O rapaz caiu no chão, e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes. A forca estava cheia de pedras preciosas, e um bilhete que dizia:
“Essa é a sua nova chance.
Eu te Amo muito.
Seu Pai”.

0 comentários:

Postar um comentário